Marina falando. ✌️
Venho aqui hoje fazer uma confissão – e também uma ressignificação, quem sabe: eu nunca curti muito as “buzzwords”, os termos da moda no mundo empreendedor, as palavras em inglês que podemos facilmente usar o português pra falar a mesma coisa e por aí vai. Eu tinha certo receio ao presumir que estas eram fórmulas prontas e abstratas demais, que talvez carecessem de certa autenticidade e acessibilidade.
O fato é que dos termos um tanto empresariais que eu desconfiava, “cultura organizacional” era um deles. Talvez antes eu não soubesse o que significava e por isso não compreendia. Hoje, depois de novas vivências, entendo a importância de dar nome às coisas, a fim de que elas se tornem mais práticas e reais e sejam debatidas.
Tudo isso pra contar a vocês que, quando entrei na Aztec, foi justamente a existência de uma cultura muito bem estruturada que mais me surpreendeu positivamente. Aí também percebi que a ideia de cultura existe em todos lugares. Independente de você ter consciência dela ou não, ela torna-se intrínseca. Já que a cultura no âmbito dos negócios, assim como em qualquer sociedade, nada mais é do que a forma, os hábitos, as crenças e as ações preservadas em uma equipe. Que permeiam todos os cantos da empresa – seu atendimento, seus processos criativos e até mesmo as relações internas.
Também observei que essa cultura é algo a ser construído. Nesse sentido a Aztec sempre esteve numa posição aberta e propositiva, buscando trabalhar a cultura, melhorando-a. De que forma podemos abordar melhor questões complexas com o cliente? De que forma podemos nos comunicar melhor entre nós? O que tem funcionado e o que não tem funcionado? Quais hábitos podemos criar na equipe que sejam benéficos no dia a dia e no longo prazo?
Nessa constante avaliação e troca (que, veja bem, também é cultura) surgiu a ideia do Aztec Talks – sim, no mesmo formato das Ted Talks, como o nome pressupõe. No Aztec Talks, a cada mês, uma pessoa do time se coloca à disposição para fazer uma fala. Como uma mini conferência, sobre algum assunto que ela goste e que pense ser interessante compartilhar com a equipe. Ao final da fala, temos também o costume de dar retornos e ainda estimular um debate sobre o tema entre todo time.
Eu, por exemplo, já fiz um Aztec Talks sobre urbanismo (essa outra área que envolve design e que é minha paixão paralela e fruto de pesquisa) e outro sobre dicas singelas de escrita (já que sou ansiosa e vivo escrevendo sobre tudo quanto é assunto).
O Aztec Talks se tornou uma ferramenta, um momento importante dentro da empresa por proporcionar coisas simples. Mas extremamente significativas: primeiro porque dá espaço para as pessoas falarem das coisas que gostam e sabem, mostrando-lhes que suas vivências fora do trabalho e seus saberes são muito importantes para todos. Segundo porque também é uma maneira de valorização da nossa multidisciplinaridade e reconhecimento da alteridade, apreço pelo outro e por nossas diferenças. E terceiro porque estabelece um momento de troca, de olho no olho e de relação espontânea, o que proporciona ao time conhecer melhor uns aos outros, gerar assuntos e aprendizados – todo mundo sai de um Aztec Talks sabendo mais do que sabia antes dele.
Nossas talks foram tão positivas que ganharam até um derivado segmentado. O núcleo de desenvolvedores da Aztec agora também realiza toda semana o Tech Talks. Um momento voltado para trocas de conhecimento dentro do mundo da programação.
Como fã que me tornei da iniciativa, o Aztec Talks foi uma das principais coisas que ressignificou pra mim a ideia de cultura organizacional (ainda que eu prefire usar o nome cultura da empresa). Quando esses termos um tanto abstratos do mundo corporativo se tornam reais, mais palpáveis e traduzidos em dinâmicas no dia a dia de uma equipe, podemos perceber sua importância e reconhecer o impacto positivo que gera em todos.